A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM

Depois de um início de semana marcado pelo que há de pior em termos de desrespeito e atendimento ao cliente de uma certa rede de cinemas em minha cidade, continuei minha intenção de, como sempre aliás,  valorizar a sétima arte e sabendo de um "acontecimento cinematográfico" que está sendo apresentado do Rio de Janeiro,  separei um dia da semana para prestigia-lo e diante de tantas escolhas boas decidi-me pelo filme de Nelson Pereira do Santos.

Foi uma escolha maravilhosa e apesar de já no saguão ser novamente "brindada" com a falta de educação de algumas pessoas da dita "terceira idade" e dos comentários de alguns logo no início da película, o que assisti durante cem minutos aproximadamente foi um universo de excelente música com cantores dos mais variados estilos, passando por Ella Fitzgerald, Sammy Davis Jr e outros já tão conhecidos, Sinatra, Gal, Chico Buarque e assim vai, soltando a voz com as letras e músicas do maestro e seus parceiros entre eles Vinícius de Moraes,  em várias interpretações.

O filme/documentário "A música segundo Tom Jobim" encheu os olhos de muitos de lágrimas, os meus inclusive, e meu coração transbordou, pensamento voou e novamente viajei para várias épocas de minha vida; épocas distintas de dores de amor, de felicidade no amor, épocas felizes e de prazeres na vida.

Quando escutei Insensatez (Judy Garland) não pude me conter e  muitos também não contiveram o choro e a emoção. Não tenho nem o que comentar sobre Tom e Elis Regina em Águas de Março.

Saí deste templo mágico que é o cinema emocionada e muito feliz mais uma vez, por conta de trabalhos exemplares de brasileiros que levaram e ainda levam o nome do Brasil afora. A quem ainda tem dúvida recomendo sem nenhum engano o referido filme, com direção precisa do mestre (Nelson Pereira do Santos)  e que enaltece mais uma vez o dom único do Maestro Maior Tom Jobim.

"A insensatez, que você fez 
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor o meu amor
Um amor tão delicado ...."