CENAS SURREAIS NOS CINEMAS

CENA 1
Eu esperando na cafeteria o horário da sessão e eis que ela surge e pergunta se pode sentar-se ali comigo.
"Sim, respondi prontamente"
.
Ela resmungou algo sobre a outra pessoa sentir-se incomodada em "dividir" a mesa.
Uns dois segundos depois ele chega:
"Muito prazer (e disse nome e sobrenome que não gravei ; o dela sim. Estela.
E começamos um bate papo digno de qualquer sessão de terapia de casal.
Ele é psiquiatra.
Eles viajam sempre a trabalho e contou-me (ele) que sempre perguntam qual idioma fala pois seu português é um pouco rebuscado.
Rimos.
Daqui a pouco Estela começou a falar da relação dela com a filha - mais uma que tem relação complicada e beirando a loucura pelo que entendi.
E falou da relação dele com mãe: "Ele odeia a mãe dele; disse-me fazendo uma série de caretas.
E entre uma careta aqui e outra ali ele que aparentava calma, me explicava que para as mulheres essa relação mãe e filha é mais complicada.
Bom pelo menos não sou a única (não odeio minha mãe ok?)  pensei e comentei.
Disse que detestava Niterói???? (que falta de habilidade, minha senhora) rs
Saíram de Ipanema para Niterói por conta do trabalho dele ; moram em Itaipu em casa grande.
Daqui a pouco Estela faz uma cara de amargurada e diz:
"Uma droga viver com esse homem, não temos férias.
Nas férias de final de ano - Natal principalmente - não podemos viajar pois todos os malucos resolvem se suicidar e ele tem que estar de plantão."
Pelo amor de deus! Como pode alguém dividir sua vida com alguém quando acha que tudo está enfadonha, uma droga.
Eu heim!!!
Só não perguntei se eles faziam terapia (risos) ; ele pelo menos tomara faça pois um terapeuta não pode cuidar da cabeça alheia se a sua vida e cabeça não estão arrumados. 
Depois dessa, graças aos anjos da sétima arte, o espaço foi liberado ao público e eu dei um "até logo e bom filme" e fui para meu canto.
Ah! a cabeça humana e suas complexidades.
E ri interiormente, como sempre faço aliás.
Tenho um Ere/criança que adora brincar.

CENA 2
Comprei a entrada para sessão em um lugar que me parecia tranquilo.
Quanto vou sozinha ao cinema geralmente escolho lugares estratégicos e com essa compra não foi diferente.
Eu podia esticar minhas pernas pois não havia cadeiras a frente e nem em um dos lados.
Beleza pensei.
Assim que entrei, dei de cara com uma mulher comendo sua marmita atras do lugar marcado.
Até aí tudo bem: problema dela querer comer em um lugar escuro e cheio de fungos etc.
Acredito que foi só salada já que nenhum cheiro havia na sala.
E olha que o lugar tem uma vasto e belo café com muitas mesas disponíveis.
Começa a sessão e lá pelas tantas quando me viro para pegar algo, "dou de cara com um dedão/pé de alguém de
sleixadamente colocado sobre o encosto da cadeira ao lado da minha".
Gente, como as pessoas não tem um pingo de desconfiômetro/educação!

Diante dessas.....surpresas, vou assim chamar, aguardo os próximos "encontros".